Reflexão


"Já não é a mesma hora, nem a mesma gente, nem nada igual. Ser real é isto" - Alberto Caeiro

"A imaginação é a rainha do real e o possível é uma das províncias do real" - Charles Baudelaire

Saturday, January 9, 2010

O Futuro do Brasil




Um país só consegue ter relevância nas relações internacionais quando demonstra estabilidade política e desenvolvimento de sua economia. É sabido que somos “gigantes por natureza”, entretanto éramos coadjuvantes da arena internacional. A inserção do país ficou à luz da ribalta, quando os aplausos vieram antes do último ato. No camarote, vários chefes de Estado que concederam a Lula, após seu discurso de improviso na Conferencia do Clima em Copenhague (Capital da Dinamarca), a nítida noção da importância do governo no trato com os vários temas internacionais. De sobremesa, fica claro, que a famigerada ausência de ensino não significou vazio de inteligência.

Mesmo com Judas, não caímos na retórica do velho papagaio, que discursava todos os dias – pelas manhãs - nas bancas que ocupam as praças vazias. A missa, mesmo que repetida não se tornou verdade, pois vender nossas instituições, em prol da tradição que sempre confundiu o público com o privado, não creditou os louros a sociedade que carece, nem na esperança (que é um ato de fé), nem no pão nosso de cada dia (que é uma questão de dignidade), foram sanados.

O espanto do trapezista encontra-se na contradição histórica: eram somente os ricos que ficavam mais ricos. Mas no governo do mito vivo, o ciclo esfacelou-se. Agora, para ira de uma platéia que sempre ganhou algodão doce, os pobres estão melhorando suas vidas. Mas a inveja e a intriga fazem parte dos sentimentos humanos, por isso se compreende, mas não se espelha.


Mesmo regurgitando letras, das mais lascivas as mais artísticas, os interlocutores da expoente inteligência brasileira já sentem no dorso que o lugar que habitam, se desenvolveu pelas obras do famigerado programa. Mesmo com destino incerto, dado por uma cartomante – lá na Av. dos paulistas -, o programa outorgado pelo nordestino e comandado pela ex-guerrilheira vem galgando uma mudança no insólito Brasil, talvez seja isso a razão de tanta chuva.

Bem, se na escuridão de nossa história, o sangue jovial de muitos – que não são poucos – ocuparam a latrina dos nobres, evidencia-se que “Ela” tem uma labuta árdua na história do presente. Não é mais contra os donos da verdade, pois seu instrumento é o debate. De forma cirúrgica, a localização do embate encontra-se no preconceito, a do seu gênero, e, do estilo sério de sua personalidade. Claro, compreende-se isso muito fácil, pois o fluxo histórico mostra que muitos estavam acostumados com as piadas pretéritas!

Feliz 2010!

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