International Relations, political parties and political sociology. Por Israel Gonçalves
Reflexão
"Já não é a mesma hora, nem a mesma gente, nem nada igual. Ser real é isto" - Alberto Caeiro
"A imaginação é a rainha do real e o possível é uma das províncias do real" - Charles Baudelaire
Saturday, November 19, 2011
Israel e Irã: um jogo midiático
O que ocorre no Oriente Médio, com relação a Israel e o Irã é um sensacionalismo extremado. O Irã é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), isto é, o país é proibido de produzir armas nucleares. Já o Estado de Israel não é signatário do Tratado, tem várias ogivas nucleares que não são fiscalizadas por nenhuma instituição internacional.
Fica evidente o caráter propagandístico do discurso dos governos de Israel e norte-americano, pois esses países buscam deslocar o atual debate que está em torno do reconhecimento da Palestina na Organização das Nações Unidas (ONU). Os aliados de Israel estão na contra mão do movimento mundial que acredita que o diálogo é a base para uma paz duradoura no Oriente Médio.
O relatório feito pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), não traz muita novidade, porém os meios de comunicação interpretam o documento de forma livre e sensacionalista. Essa escalada de uma propaganda negativa contra os iranianos só engedra mais desconfianças do governo de Muhammad Ahmadinejad, que se afasta do debate e radicaliza seus discursos contra o “Ocidente”, fornecendo assim, os instrumentos necessários para que Israel ou os EUA justifiquem ações futuras.
Uma tentativa de diálogo com os iranianos partiu do Brasil e da Turquia em 2010, todavia esse acordo foi negligenciado pelos EUA. Hoje temos um clima de guerra na região, fato gerado pela negação de negociações diplomáticas. Só há um beneficiado com esse cenário, o Estado de Israel que pode continuar investir em armas e em seu projeto expansionista na região.
Friday, November 18, 2011
Comentário: Mercado Financeiro
É importante que o país tenha alcançado mais uma letra dentro do ranking do mercado financeiro. A empresa que analisa riscos Standard & Poor’s elevou um degrau “a nota de crédito soberano do Brasil”. Provavelmente nosso sistema financeiro ficará cada vez mais seguro. Só espero que essa conquista seja transformada em benefícios para o povo, pois geralmente quem ganha com isso são os especuladores.
Mas uma coisa que não me deixa sossegar, nessa questão, é saber quem avalia as agências de risco? Como podemos acreditar que elas estão fazendo uma análise de fato?
Fonte:http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/11/standard-poors-eleva-nota-de-risco-do-brasil.html
Mas uma coisa que não me deixa sossegar, nessa questão, é saber quem avalia as agências de risco? Como podemos acreditar que elas estão fazendo uma análise de fato?
Fonte:http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/11/standard-poors-eleva-nota-de-risco-do-brasil.html
Comentário: Síria
Em breve o que está ocorrendo na Síria será chamado de guerra civil. Segundo a ONU já morreram mais de 3.500 pessoas no conflito e soldados estão desertando e atuando como milícia a favor dos manifestantes. A Liga Árabe foi assertiva em buscar uma punição ao governo de Assd, mas ainda é pouco. O conflito na Síria pode se espalhar por todo o Oriente Médio e isso é bom para as ações expansionista de Israel
Tuesday, November 15, 2011
Comentários: Redução de Juros e Mídia
Redução de Juros.
O governo brasileiro, através do Banco Central, agiu de forma correta ao facilitar o crédito ao consumidor. A ação se deu com a redução dos juros (taxa real), que no país é algo crucial, pois pagamos uma das maiores taxas do mundo. Com juros em declínio haverá uma maior circulação de bens, aumento a estrutura produtiva, não permitindo dessa forma a desindustrialização. O governo deveria aproveitar para fazer mais três ações: a) Aumentar a fiscalização e tributação sobre as grandes fortunas do país; b) Fazer uma renúncia fiscal sobre os impostos ligados ao transporte público, em vez de privilegiar o transporte individual e c) reduzir os impostos sobre os remédios entre outros produtos.
Fonte: Folha de São Paulo.
Corrupção e Mídia
A mídia brasileira vem agindo de forma correta em expor possíveis casos de corrupção contra alguns ministros do governo Dilma. É papel de mídia averiguar e denunciar qualquer falta de compromisso de servidores públicos com a sociedade que lhe paga o salário, entre outros benefícios legais. Todavia, o que fica evidente é o viés ideológico dessas mídias. Ao focar no governo federal, os meios de comunicação escamoteiam os desvios de dinheiro público de outros estados. Um exemplo é São Paulo, que atualmente vive um dos seus maiores escândalos, conhecido como máfia da merenda. O caso é colossal, até o momento 34 municípios estão envolvidos. Há políticos, funcionários públicos, empresários e (supostamente) amigos e/ou parentes ligados ao atual governador envolvidos. Essa leniência com o governo de São Paulo demonstra o quanto os meios de comunicação estão mais preocupados com a queda de um grupo político do que com fim do atroz mal que rodeia nossa política: a corrupção estrutural.
O governo brasileiro, através do Banco Central, agiu de forma correta ao facilitar o crédito ao consumidor. A ação se deu com a redução dos juros (taxa real), que no país é algo crucial, pois pagamos uma das maiores taxas do mundo. Com juros em declínio haverá uma maior circulação de bens, aumento a estrutura produtiva, não permitindo dessa forma a desindustrialização. O governo deveria aproveitar para fazer mais três ações: a) Aumentar a fiscalização e tributação sobre as grandes fortunas do país; b) Fazer uma renúncia fiscal sobre os impostos ligados ao transporte público, em vez de privilegiar o transporte individual e c) reduzir os impostos sobre os remédios entre outros produtos.
Fonte: Folha de São Paulo.
Corrupção e Mídia
A mídia brasileira vem agindo de forma correta em expor possíveis casos de corrupção contra alguns ministros do governo Dilma. É papel de mídia averiguar e denunciar qualquer falta de compromisso de servidores públicos com a sociedade que lhe paga o salário, entre outros benefícios legais. Todavia, o que fica evidente é o viés ideológico dessas mídias. Ao focar no governo federal, os meios de comunicação escamoteiam os desvios de dinheiro público de outros estados. Um exemplo é São Paulo, que atualmente vive um dos seus maiores escândalos, conhecido como máfia da merenda. O caso é colossal, até o momento 34 municípios estão envolvidos. Há políticos, funcionários públicos, empresários e (supostamente) amigos e/ou parentes ligados ao atual governador envolvidos. Essa leniência com o governo de São Paulo demonstra o quanto os meios de comunicação estão mais preocupados com a queda de um grupo político do que com fim do atroz mal que rodeia nossa política: a corrupção estrutural.
Comentários: Crise Grega e Síria
Crise Grega.
Os alemães ocuparam vários países na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), entre eles, a Grécia. O governo da Alemanha Ocidental, no período da Guerra Fria recebeu ajuda norte-americana para desenvolver sua economia. Todavia, os alemães não indenizaram os países que invadiram, menos ainda, o povo grego. Na atual crise capitalista, querem marginalizar os gregos por ter um governo corrupto e mentiroso que foi aceito pela tal comunidade europeia. Aliás, as falsificações das contas gregas foram feitas por agências americanas e europeias. Alemanha poderia pagar sua dívida com os gregos ao perdoar a sua dívida, talvez isso amenizasse o atual cenário econômico que vive os gregos.
Na Síria.
O que está ocorrendo na Síria é uma vergonha internacional. O ditador sírio vem autorizando o massacre de seu povo, com conivência das potências mundiais. O governo sírio continuará matando seus cidadãos se providências não forem feitas imediatamente. O governo norte-americano finge que nada está ocorrendo, pois seu presidente encontra-se em campanha eleitoral e qualquer ação mais enérgica poderia fazer oscilar o número de seus simpatizantes. O que vale para Barack Obama, a partir de agora, é sua reeleição.
Os alemães ocuparam vários países na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), entre eles, a Grécia. O governo da Alemanha Ocidental, no período da Guerra Fria recebeu ajuda norte-americana para desenvolver sua economia. Todavia, os alemães não indenizaram os países que invadiram, menos ainda, o povo grego. Na atual crise capitalista, querem marginalizar os gregos por ter um governo corrupto e mentiroso que foi aceito pela tal comunidade europeia. Aliás, as falsificações das contas gregas foram feitas por agências americanas e europeias. Alemanha poderia pagar sua dívida com os gregos ao perdoar a sua dívida, talvez isso amenizasse o atual cenário econômico que vive os gregos.
Na Síria.
O que está ocorrendo na Síria é uma vergonha internacional. O ditador sírio vem autorizando o massacre de seu povo, com conivência das potências mundiais. O governo sírio continuará matando seus cidadãos se providências não forem feitas imediatamente. O governo norte-americano finge que nada está ocorrendo, pois seu presidente encontra-se em campanha eleitoral e qualquer ação mais enérgica poderia fazer oscilar o número de seus simpatizantes. O que vale para Barack Obama, a partir de agora, é sua reeleição.
Monday, November 14, 2011
Pré-Sal: uma questão crucial para o Brasil
Uma parte das receitas geradas pelo pré-sal deve ser redividida entre todos os estados do Brasil, com a outra parte, o governo Federal deve fazer um fundo soberano, constituindo dessa maneira um projeto de desenvolvimento social - fator crucial para a nação. Um mau exemplo do desperdício das receitas do petróleo é a Venezuela, que não se aproveitou dessa riqueza para acabar com a desigualdade social da nação.
Um problema que se avizinha é da distribuição do lucro da extração do pré-sal. Estes recursos são suscetíveis à corrupção. Assim, a questão é: Como será a fiscalização desse dinheiro? Primeiramente, todo dinheiro dessa fonte deveria ser investido em educação, meio ambiente, na política militar, civil e principalmente em tecnologia. O governo deve criar ferramentas para que a circulação desta riqueza fosse acompanhada por todos os cidadãos comum, através de sites entre outros meios.
Um segundo problema é o atual contexto da economia do país, que está entrando em processo de desindustrialização. Por isso, o país não pode investir apenas no pré-sal, o que agravaria a desindustrialização. O Estado deve ter clareza do uso desses recursos para não entrar no que ficou conhecida como “doença holandesa”, isto é, quando todos os recursos de um país são projetados para apenas um eixo produtivo, ocasionando um déficit de produtos e uma dependência das commodities, sujeita a oscilações do mercado financeiro.
A polêmica da redivisão dos Royalties escamoteia um terceiro problema grave no país: a centralização tributária das receitas pela União. Nenhum presidente da redemocratização efetivou de forma séria uma reforma estrutural nessa questão. Talvez, se isso tivesse ocorrido, os municípios com menor IDH poderiam estar em outro patamar de seu desenvolvimento.
Thursday, November 10, 2011
Por um novo IDH: por um novo Brasil
No início de novembro, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgou o Relatório do Índice de Desenvolvimento Humano. Neste cenário o Brasil conseguiu subir um ponto, se comparado com o ano anterior, atualmente o país está na 84º colocação, entre os 187 analisados. Nesta lista, o Brasil fica atrás de países da América do Sul, como Argentina (45º), Uruguai (48º), Peru (80º) e Equador (83º).
A ideia do IDH, criado nos anos de 1990, pelo paquistanês Mahbub ul Haq e pelo indiano Amartya Sen foi deslocar a análise econômica centrada no sistema financeiro, no período regido pelo Neoliberalismo, para uma agenda pautada por uma economia política com ênfase no social, na qualidade de vida de todos os habitantes do país analisado.
Atualmente, falta ao Pnud incorporar novos critérios à sua metodologia, mesmo que uma parte dessa carência tenha sido efetivada no Relatório do ano passado, quando foram acrescentado novos instrumentos de análise e de questões pare se elaborar o ranking do IDH. Em 1992, o Pnud acrescentou o conceito de liberdade política como um princípio de desenvolvimento humano, mas talvez, por falta de clareza no conceito do que seria “liberdade política”, tal perspectiva não deu certo. Espera-se que novos itens relacionados ao meio ambiente, a esfera cultura e política sejam incorporados, buscando aperfeiçoar esse importante instrumento que compara o rendimento de um país com o seu desenvolvimento social.
No Brasil, o IDH deve ser analisado como ponto de partida e não como um fim. O país vem crescendo ano a ano no índice; isso significa que as políticas sociais, iniciadas no governo de Fernando Henrique Cardoso e expandidas no governo de Lula de Silva estão fazendo efeito. É evidente que o governo poderia agilizar a emancipação dos cidadãos que não têm acesso a uma vida decente, nesse caso, falta apenas vontade política e não recursos financeiros.
Thursday, November 3, 2011
Crise, mentiras e o colapso do capitalismo: o caso grego
Os gregos esqueceram que são os pais da filosofia. A filosofia antiga tinha como parâmetro a busca do conhecimento verdadeiro. O atual governo grego rompe com essa tradição filosófica, pois já mentiu duas vezes. A primeira para entrar na União Europeia e a segunda, agora, para receber um empréstimo do Banco Central Europeu para pagar sua colossal dívida externa.
A mídia brasileira também mascara a chamada “crise grega”, ao relacioná-la à uma nação e seus problemas internos, como gastos elevados na área social e falta de planejamento financeiro, como se fossem pressupostos da crise, mas nada disso se relaciona diretamente à ela. Há uma análise, por parte de alguns analistas, pautadas pela superficialidade do que ocorre no continente europeu.
Deve-se destacar que a crise grega é séria, é o reflexo de um sistema que se retroalimenta de crises, por isso não pode ser vista como isolada ou apenas ligada aos problemas internos de um país, pois Irlanda, Itália e Portugal também estão com problemas financeiros. Dessa forma pode-se afirmar que a crise é estrutural, ou seja, ligada ao sistema escolhido para gerenciar as relações comerciais entre os países. Estou afirmando que quando os governos optaram pelo modelo capitalista como eixo de relação entre as nações, eles sabiam que as crises eram inerentes ao sistema. É em momentos de crises que empresas privadas aumentam seu capital e que especuladores concretizam seu projeto de ter uma boa aposentadoria.
O que o presidente da França e a primeira-ministra da Alemanha estão fazendo nada mais é que um circo, cujos clientes somos nós. A ajuda dos Bancos, do Fundo Monetário Internacional ou do Banco Central Europeu aos gregos não irá mudar o declínio econômico deste país. Para resolver os problemas gregos seria necessário mudar o sistema econômico adotado pelos países. Talvez, um modelo econômico alternativo para a atual crise seja o New Deal norte-americano da década de 1930 ou Neodesenvolvimentismo do governo Lula da Silva que poderiam reorganizar a economia da Europa.
Uma forma de apaziguar os efeitos da crise é fazer o contrário do que o governo grego vem realizando. Isto é, deve-se empregar mais pessoas, investir em infraestrutra, gerando mais receita, e claro, não pagar a dívida externa. Um Estado Nacional deve primeiro garantir a sobrevivência de seu povo, nesse caso, ele deve ser o grande empresário da sua própria nação e não deixar isso para o mercado financeiro ou para outros países que visam fins próprios.
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