O Itamaraty perderá no governo da presidenta Dilma Rousseff, o momento histórico que vive sua atuação ao “esfriar” sua atuação no jogo político internacional. Quando a política externa era comandada por Celso Amorim (2003-2010), o país viveu vários momentos importantes, mesmo que não concordemos com todas as ações dele, o país foi destaque em vários acordos e tratados internacionais.
Um país com as dimensões geográficas como a nossa e com uma economia estável, deve ter um papel efetivo nos vários organismos internacionais, mas para isso, deverá ser atuante, como na fez Lula e sua Diplomacia presidencial. Talvez o país deva correr riscos, defender com mais ênfase seu pondo de vista sobre os acordos internacionais e das crises que se avizinham, assim, ficará evidente a vontade do governo em ser um global player.
A projeção do país é uma forma de mostrar ao mundo nossos avanços na aérea social, fato já apontado pelo relatório do Council on Foreign Relations (CFR) feito nos EUA que versa sobre as relações entre o Brasil e o EUA. O Ministério das Relações Exteriores deve continuar suas ações, pelo mundo, mas consubstanciado pelos objetos do Brasil e não temer alguma retaliação dos EUA ou de qualquer outro país. Assim, espero que o diplomata Antonio Patriota, continue o modelo aplicado de política externa do governo Lula, pois segundo o próprio ministro em uma entrevista:
“(...)Já era uma constatação interessante, que às vezes a imprensa questionava: por que essa ênfase, no governo Lula, no mundo em desenvolvimento? Depois, quando as economias desenvolvidas entraram em crise, ficou claro – principalmente depois da crise de 2008 – que a diversificação de parceiros foi uma estratégia muito inteligente do ponto de vista da manutenção de um bom padrão de intercâmbio comercial.”
Se reaproximar do governo norte-americano é importante, mas tê-lo como principal aliado é perigoso para um país que sonha ter um espaço maior nas instituições internacionais. Um bom investimento para política externa brasileira pode estar no MERCOSUL ou no BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), pois atuando com os demais países será possível se contrapor as grandes potências como os EUA e a UE (União Europeia).
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