International Relations, political parties and political sociology. Por Israel Gonçalves
Reflexão
"Já não é a mesma hora, nem a mesma gente, nem nada igual. Ser real é isto" - Alberto Caeiro
"A imaginação é a rainha do real e o possível é uma das províncias do real" - Charles Baudelaire
Tuesday, January 25, 2011
Made in EUA-China
A China compra petróleo do Sudão e paga com armas. Essas armas são utilizadas pelos partidários do ditador Omar Al-Bashir, no poder desde 1989. O janjaweed, um grupo de extermínio armado por Al-Bashir, assassinam constantemente os cristãos do sul do país, e, provavelmente, conquistarão a sua independência após o referendo deste mês. A China é co-responsável pelas mortes no Sudão, assim como é público o desprezo do governo chinês pelos direitos humanos. O presidente ou ditador chinês, Hu Jintao, mantêm preso o prêmio Nobel da paz de 2010, Liu Xiaobo, e sua esposa. É hilário e vergonhoso para o mundo que o presidente Barack H. Obama também tenha ganhado - aqui no sentido literal - o mesmo prêmio em 2009. Mas o que ele fez para merecer tal honraria? Enviou mais soldados para o Afeganistão!
Mesmo com todos os abusos contra a humanidade, o presidente chinês é recebido com um jantar na Casa Branca. O debate, segundo os meios de comunicação, foi sobre a desvalorização da moeda chinesa. Mas o foco de toda a comilança advém dos negócios bilionários entre os dois países imperialistas. Fica cada vez mais evidente como o governo americano desceu ao nível da hipocrisia, pois troca as críticas aos chineses por seu dinheiro.
Em um mundo encantado a história é entendida como “dada” ou natural, mas basta um olhar mais atento e perceberemos que a China e os EUA são grandes economias, por um motivo explícito: roubaram recursos enérgicos de vários países. O Irã, sobre o manto do xá Reza Pahlevi, é o exemplo mais nítido da história. O xá foi uma marionete dos americanos por boa parte do século XX. Também é absurdo que o massacre as minorias (étnicas, religiosas e políticas) e o apoio aos ditadores continuem em alta no governo americano. Um exemplo que nem precisa de lente de aumento encontra-se no apoio dos EUA ao governo saudita, umas das monarquias mais opressivas do mundo, cujo código penal é igual de muitos países considerados, pelo próprio EUA, como fundamentalistas: a Shariah. Aliás, falando sobre coação (física ou psíquica) e ausência de direitos humanos, alguém sabe dizer quais foram os delitos cometidos pelos presos na base de Guantánamo? Não haverá respostas, pois os militares americanos não fizeram nenhum registro oficial dos presos, que no sentido jurídico, nem existem.
Uma parte da mídia brasileira transmitiu o encontro entre os dois presidentes como se fosse um conto de fadas, demonstrando o que é visível, sua acefalia estrutural quando o tema é EUA, pois tudo que vêm dos yankes é moderno e deslumbrante, segundo tais meios de informação.
Enfim, a humanidade está ferrada, e este é o termo. Ferrada, marcada pela insanidade de um mundo onde contratos bilionários valem mais do que o respeito aos direitos humanos.
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E ae Isra!
ReplyDeleteApavorando hen!!!
Abs
Matheus