Reflexão


"Já não é a mesma hora, nem a mesma gente, nem nada igual. Ser real é isto" - Alberto Caeiro

"A imaginação é a rainha do real e o possível é uma das províncias do real" - Charles Baudelaire

Saturday, June 19, 2010

A Política Externa Brasileira no cenário mundial



A partir de 2002, quando inicia o governo Lula, há uma nova visão sobre a política externa brasileira. Este novo modelo de política fez com que o Brasil obtivesse um lugar de destaque na agenda mundial do início do século XXI. Essa nova forma de intervenção no cenário internacional visa promover o diálogo constante com as várias instituições internacionais e, principalmente, atuar de maneira mais incisiva na resolução dos grandes problemas mundiais, como exemplo, os conflitos ligados à energia nuclear e o ambiental.

Uma das ações na esfera internacional que respalda a atuação brasileira foi a COP 15, realizada em dezembro de 2009 em Copenhague (Dinamarca), que demonstrou que o governo brasileiro está comprometido com o meio ambiente em esfera global. No âmbito doméstico, o governo Lula conseguiu reduzir o desmatamento na Amazônia, demonstrando que o país não está em uma simples retórica, mas encontra-se de forma efetiva nas resoluções dos problemas ambientais. Diferente do governo Barack Obama, que trata a questão ambiental como coisa de segundo plano. Tal atuação na esfera ambiental pode ser observada pelas poucas atitudes feitas pelo o governo norte americano com relação ao vazamento de óleo no Golfo do México.

A missão da ONU para estabilização do Haiti, a MINUSTAH, ao qual o Brasil exerce o comando militar também é signatário de uma postura diferente da norte-americana, que prefere o uso da força à negociações pacificas. A MINUSTAH é o demonstrativo que é possível cooperar com outras nações sem uma intervenção militar que fira a soberania dos mesmos.

No caso do Irã fica evidente a estratégia belicosa americana - a exemplo do Iraque - versus a vertente que busca acordos e um diálogo constante. Tal premissa é uma característica da tradição brasileira nas suas relações exteriores. As sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU ou as sanções unilaterais feitas pelos EUA e União Europeia não serão instrumentos eficazes na diminuição da produção de enriquecimento de urânio. As sanções só agem sobre os desprovidos, ou seja, as pessoas mais pobres do país que sofrem as sanções.

Atualmente, o Brasil faz parte do Conselho de Segurança da ONU (mandato 2010 -2012) como membro não permanente. Por isso sua responsabilidade de promover a paz em lugares propensos a conflitos, que desrespeitam os tratados internacionais na esfera política, ambiental e dos Direitos Humanos é acentuada. Como membro do Conselho de Segurança da ONU e com vontade política poderemos mostrar ao mundo um novo modelo de fazer política, pautada pelo respeito mútuo e pela paz.

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